sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O argumento do medium entre Schopenhauer e Nietzsche: o sujeito como adversário da arte.


Caravaggio, Baco Doente (Auto-retrato)
 c. 1593-1594, óleo sobre tela, Galleria Borghese, Roma.

"(...) o sujeito, o indivíduo que quer e que promove os seus escopos egoísticos, só pode ser pensado como adversário e não como origem da arte. Mas na medida em que o sujeito é um artista, ele já está liberto de sua vontade individual e tornou-se, por assim dizer, um medium através do qual o úni­co Sujeito verdadeiramente existente celebra a sua redenção na aparência". (NIETZSCHE, 1992:47)

O humano já se dá em Nietzsche enquanto imagem. Esta condição pictórica implica em uma conceituação estética da existência. Fala-se, então, em uma justificação estética da existência e do mundo. Este argumento garante a unidade entre realidade e verdade da arte, uma vez que o artista, fundido ao Uno-primordial, encontra-se onto-cosmologicamente no espaço da origem da arte.



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